Neste ano, se completa dez anos de um dos maiores escândalos da história do futebol brasileiro.
Em 1999, o São Paulo fazia boa campanha no Campeonato Brasileiro e tinha como uma de suas revelações o atacante Sandro Hiroshi, que havia sido contratado depois de ir bem no Campeonato Paulista daquele ano vestindo a camisa do Rio Branco de Americana.
Eis que, com o campeonato em andamento, os departamentos jurídicos de Botafogo-RJ e Internacional descobrem: Hiroshi falsificou sua idade.
O Bota, que havia perdido por 6 x 1 para o São Paulo no Morumbi, ganhou os pontos; e o Inter, que empatou por 2 x 2 no estádio são-paulino, ganhou os três pontos da partida.
Resultado disso: os times carioca e gaúcho escaparam do rebaixamento e acabou sobrando para o Gama, que venceu o Tricolor paulista no Morumbi, cair.
Naquele ano, o rebaixamento era definido de acordo com as médias de pontos em 1998 e 99 somadas. Gama e Botafogo de Ribeirão Preto, que não haviam participado do campeonato de 98, ficavam somente com a média de 99.
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O que aconteceu depois? A CBF foi impedida de organizar o Brasileirão em 2000. Se incluísse o Gama na competição, os clubes brasileiros (e também a Seleção) não podiam participar de torneios internacionais.
Daí, o Clube dos 13 organizou o Campeonato Brasileiro, que foi chamado de Copa João Havelange e teve uma virada de mesa, que “salvou” Gama e Juventude do rebaixamento e ainda incluiu Bahia, Fluminense e América-MG, três times que deveriam disputar a Série B, na divisão principal, o Módulo Azul.
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